sábado, 19 de maio de 2007

Poema com continuação

A luneta mostra o céu e o universo
E o pensamento controverso
De como ele surgiu
E a luneta também alinha o centro
E acerta o alinhamento do eixo principal

A caneta é até hoje um dos maiores inventos
Que transmite meus pensamentos
Pra uma folha de papel
E a caneta quando é feita com talento
É um dos mais belos movimentos
Tão lindo quanto um chapéu

O dinheiro ainda é um elemento
Que não tem explicação
Vai embora rápido e leve como o vento
Mas chega pesado e lento
Como a buzina de um caminhão

A poesia
Arte tão rara hoje em dia
É ainda quem diria
A mais bela e pura forma de expressão

E o poeta
Sempre em seu mundo isolado
Vive eternamente concentrado
A busca de inspiração

E quando se abre pro mundo afora
Numa cerveja que entorna
Cada vez mais fácil ele forma
Uma bela composição

E o homem todo dia em sua luta
Por uma vida mais sábia e culta
Esquece que a cultura
Vem com conhecimento
E o conhecimento com aproximação

E a janela que revela
No interior uma planície bela
Na minha casa um morro alto
Onde todo dia me falto
De tanta indagação

Eu pergunto ao meu colchão
Porque há uma busca nele pela perfeição
Será que é porque a vida não está num compasso perfeito
Então eu quero ser perfeito quando me deito
Pra poder olhar pela janela
Pegar minha luneta
Sentar no meu colchão
Empunhar a caneta
Pra buscar inspiração
Fingir-me um poeta
Tentar fazer dinheiro
E acordar na hora que a poesia quase veio
Mas parou
Pelo barulho do caminhão
Que saiu daquele morro alto e feio

Ah se a planície fosse à forma perfeita de terreno
Eu viveria em eterno devaneio
Mas com meu conhecimento pequeno
Logo cairia num momento de repetição

E terminaria meu último poema como esse
Sem saber o que dizer pra não repetir
Tudo aquilo que eu já disse

Marcelino

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