sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Na Avenida São João, entre lojas de discos e edifícios vazios


Esse meu coração frio morando na Avenida São João
Entre lojas de discos e edifícios vazios
Tentado a se jogar do precipício
No abismo do Viaduto do Chá
Pelo chá de cadeira de Santa Ifigênia que não quer lhe escutar
A memória vai ladeira abaixo
Não adianta, não acho na Vinte e Cinco de Março
Trabalhadores no centro de São Paulo
durante a Greve Geral de 1917
Nenhuma travessa de confiança que me leve até a Luz
A luz se apaga detrás da vidraça
E vira fumaça do crack
Que queima no cachimbo da dor

sábado, 19 de janeiro de 2013

Poema forçado às seis da manhã

Sente aqui, por favor, que eu quero lhe contar
Essas horas todas de viagem foram suficientes pra pensar
Na vida que eu deixei pra trás
Na vida que eu quero levar e te levar
E muito mais

Não que eu tivesse de acabar com outras dúvidas
Nem que precisasse brigar com coisas miúdas
Mas eu morro de pavor se eu só sonhar
E não pensar
E mais

Sente aqui com seu amor e venha me acompanhar