sábado, 2 de junho de 2007

Primeira crônica

No último dia 30 fez um ano desde a morte da minha avó...

E minha mãe fez 50 anos no mesmo dia...

Coincidências da vida, questões tristes e clássicas a parte lá vamos nó de novo!!!



Hoje acordei despertado pelo telefone, uma das piores formas de ser acordado.
Nenhuma raiva no mundo se compara à de ser acordado por um telefone que toca ao seu lado.
Não sei porque não fazem telefones com campainhas que contam carneirinhos, talvez porque eles tocam pra ser notados e atendidos, e se contassem carneirinhos, antes do 2º seriam impulsivamente ignorados.
Mas minha raiva não para por aí...
Pior que ser acordado por uma campainha mais chata que a Luciana Gimenez, é ter que levantar para atender sabendo que não é pra você, sabendo que ninguém liga pra você uma hora dessas.Por que seus amigos nuncam te ligam(uma pausa para chorar minha semi-inexistência...calma já vou levantar meu ânimo) e porque se fossem seus amigos não te ligariam essas horas...
Calma ainda tem coisa pior que isso!Hoje estou me esforçando para ver as coisas ruins desse aparelho que eu odeio.
Ser acordado pelo telefone um dia depois daquela entrevista que você fez para o emprego que tanto sonha.Ah, não tem coisa pior...Você levanta correndo para mostrar serviço antes mesmo de ser contratado, aí atende ofegante mostrando que estava dormindo e invertendo a impressão que queria dar;e do outro lado alguém diz:
-Filho...apaga o fogo do feijão que eu vou demorar...
E você volta triste para o seu quarto e ainda não pode dormir por causa do feijão.
Ah não queria terminar asim e acabei lembrando da distância que o telefone nos coloca das pessoas...Isso já foi dito muitas vezes mas ninguém consegue medir esse impacto.
Trocar o dinheiro da pasaagem do ônibus pra ver um velho amigo, ou da cerveja que ia tornar o papo mais alegre, por dois minutos no celular onde metade é perdido dizendo "ois" e "tchaus".
Essa distância se tornou o mais longe possível quando fui mais uma vez acordado pelo maldito telefone, e ao atender junto com minha mãe-aniversariante do dia-recebi a notícia da morte da minha avó.
É talvez por isso que não goste de telefone, ele não tem ombros pra se apoiar, mão spra se apertar, nem boca pra se beijar.

E talvez a menor distância seja entre um toque e outro...

Marcelino

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