domingo, 24 de junho de 2007

Navegações

Meu amor é como uma nau
Que errante se lança ao mar
Buscando um porto tranqüilo
Sem idéia de onde vai encontrar

Cruzando com monstros mitológicos
E tempestades que vem brincar
Me levando a portos sólidos
Onde outras naus estão a descansar

A correnteza não é amiga
Vem sempre pra me levar
A terras firmes mas obscuras
Com rios estreitos que não deixam navegar

Alguns portos me vêem pirata
Não permitem a mim ancorar
Esperando por outras naus
Que partiram sem prometer voltar

Muitas vezes encontrei portos
Que por sorte ninguém estava a habitar
Mas que mantinham grandes esforços
Evitando qualquer nau de se aproximar

Por fim caí em desgosto
Que mal Poseydon vim lhe causar?
Pra que estivesse tão disposto
A por tantas perturbações pra me afrontar

Então numa noite de trevas
Baixei as velas e fui me deitar
Esperando que fosse aquela
A última dança que fosse participar

Mas quando acordei tive de sorrir
Ao ver o mar tão límpido onde fui parar
Com águas tão rasas e azuis
Que me afastaram do desejo de naufragar

Então me vi tão risonho
Pra realizar meu sonho só bastava esperar
Pois meu coração largou a nau e,
Construiu um porto pra alguém ancorar

Marcelino

Um comentário:

  1. Inspirador...

    Beijo e te espero no país,
    Alice

    www.asmaravilhasdopaisdealice.blogger.com.br

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