quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Feriado

Eu vejo o dia nascer em seus braços
Os raios de Sol aquecendo nossa cama
Fundindo nossos laços
A luz entrando pela janela
Iluminando teu perfil
Deixando meu corpo febril
Roubando calor da tua pele
A voz do rádio ditando notícias
Os neurônios incitando malícias
O corpo tranduzindo em carícias
A porta aberta
O piso frio
O vento vindo do banheiro
O cachorro alerta
Um caminhante vadio
Nosso amor como alimento o dia inteiro

Nesse feriado me acabo em você

Já é tarde
O tempo muda
O quarto esfria
A gente não se desgruda
Isso te contagia
Um abraço forte
Um chá quente
Um pouco de televisão
Só falam de morte
Somos diferentes
Surge mais inspiração
O disco roda
Você acorda
Eu já terminei de escrever
A noite nos aborda
- Não me morda!!!
Dei minha vida pra você
A madrugada me derruba
Você me cobre
Eu desato a dormir
A brisa me perturba
Mas a gente ainda dorme
Sonhando com o próximo feriado
Mesmo sendo Finados
Não somos culpados
Por amar assim

E você também se acaba em mim!!!

Marcelino

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