quarta-feira, 17 de julho de 2013

Ecos, coração, estrelas

No escuro do cometa azul
Que desliza pela estrada sem cor
Ecoam insistentemente as batidas
Do coração que ficou pra trás
E ao ouvi-las se transformam
Nas estrelas do céu de Minas Gerais.

E os olhos que verteram lágrimas
Ainda que de saudades –
Felizes – não de dor,
Expeliam das mais brilhantes
Águas, cevaram o amor.


Inda hoje tomo um litro delas
Ignorando a recomendação
De um médico, que disse,
Ter outro remédio pra encher um coração.

E quando a noite vem
Apago a luz, corro pra janela e me calo.
Ouço as batidas do coração
Que vêm chegando e se transformando
Nas estrelas do céu de São Paulo.

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